quinta-feira, 22 de março de 2012

Novos posts.

Brevemente voltarei a publicar posts sobre a vida do Humberto.


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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Textos do Humberto


O Humberto já publicou mais de 70 textos no site https://itiubadomeutempo.com.br/, todos tratando, sempre, de assuntos ligados a Itiúba, sua Terra Natal. Já escreveu sobre engraxates, músicos, figuras históricas, personagens, lendas, hábitos, costumes, crendices, enfim, sobre quase tudo.


No link https://itiubadomeutempo.com.br/ poderão acessar o índice de seus textos e, para lê-los, basta clicar nos títulos pelos quais se interessarem

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Locais Importantes na Vida do Humberto - Parte II

Antiga máquina de escrever da marca Remington, guardada até hoje com muito carinho, onde aprendeu datilografia, tendo como mestre o seu pai Joviniano Carvalho, mais conhecido como Jóvi / Prédio da Coletoria Federal de Itiúba, onde iniciou a sua vitoriosa carreira no Ministério da Fazenda. Atualmente, no prédio, funciona a Agência dos Correios.
Prédio sede do Ministério da Fazenda em Salvador - Bahia, onde exerceu importantes cargos e se aposentou como Delegado do Ministério da Fazenda na Bahia.






Residência de veraneio em Itiúba - Bahia, localizada na Avenida Getúlio Vargas, ao lado do Clube 2 de Julho

Ao lado dos irmãos, em sua residência em Salvador - Bahia



Locais importantes na Vida do Humberto - Parte I


Casa, na Rua Cel. Manso Sampaio, onde nasceu e Escola Goes Calmon onde estudou

Igreja Matriz, onde foi batizado, fez 1ª Comunhão e casou e casa, na Avenida Getúlio Vargas, segunda casa onde morou depois que casou. A primeira ficava na Avenida Belarmino Pinto, ao lado do antigo casarão do Coronel Aristides Simões
Prédio onde funcionou o antigo Cine-Itiúba, de sua propriedade, que proporcionou muitos momentos de lazer , emocões e alegria aos habitantes da cidade.












quarta-feira, 27 de outubro de 2010


De vez enquanto publicarei aqui posts com textos retirados de artigos e crônicas do Humberto, publicados no site https://itiubadomeutempo.com.br/ Vejam os quatro primeiros:

Sobre as Vovós
A história é a história que dela se conta depois. Somos descendentes dessas gerações que trazem na bagagem a linhagem das desbravadoras dos tempos sem revista semanal, rádio ao ouvido, televisão e internet. Longe vão os tempos. Perto ficam as vovós abençoadas por Deus que criam laços de estima e ainda põe ordem na casa, uma verdadeira mestra que amamos e respeitamos. Difícil é compreender a eternidade desejada para elas, quando se sabe da ligação do dia-a-dia de cada uma e da ilusão do amanhã, que disfarça a realidade alimentada por um laço nostálgico entre o coletivo e singular, representando os vestígios recheados de minúcias sem nenhum sinal de impaciência de um registro decepcionante.

Sobre o Padre Severo
Não é defesa, não é reparação, apenas, para dizer a verdade, engrossamos uma pequena fatia de estudiosos que não encontra evidências do monstro vestido de batina preta. Decorridos quase dois séculos, não se descobriu a gruta que serviria de cemitério para os assassinados.
O Padre Severo, é bom que se esclareça, era um ativo chefe político na região. Também, na mesma ocasião, construiu a “casa da Câmara ou da Intendência“, que podemos comparar as Câmaras de Vereadores de hoje, na Vila Nova da Rainha, hoje Senhor do Bonfim, o que mostra um perfil de homem de bom gosto e empreendedor. Possuía outras propriedades para criação de gado. Portanto, não era um pobre coitado.

Sobre os Vaqueiros de Itiúba
Comentar sobre a coragem dos vaqueiros, que eram nossos ídolos, quando já passados muitos e muitos anos, com certeza leva-nos a cometer algumas injustiças. Não por querer e sim por falhas da memória abarrotada de outros acontecimentos, velhos, novos e presentes. Mesmo assim, arriscamos a relembrar pelo menos dois deles.


Sobre o Ar Puro de Itiúba
Itiúba não é a terra do “já teve”. Continua linda e progredindo, pode-se dizer, no mesmo ritmo de toda região castigada pelas secas. Mas, poucos de nós lembramos que o ar puro emanado das nossas serras devolveu vidas às pessoas que por aqui desembarcaram de trem à procura da cura do ataque do bacilo de Kock – agente causador da tuberculose. Eram famílias ricas ou pobres da capital baiana, ou de outros estados, que ficavam curadas e passavam a divulgar, como gratidão ao povo e ao lugar, o milagre dos efeitos benéficos do ar puro que curava a doença.

Até antes da Segunda Guerra Mundial, terminada em maio de 1945, nossa abençoada terra era um sanatório ao ar livre. Muitos voltaram ao convívio familiar. Outros não. Por desconhecer, na época, os perigos da contaminação, muitos itiubenses padeceram da "doença sem cura", como se dizia.

terça-feira, 26 de outubro de 2010


A seguir transcrevo um artigo escrito pelo Humberto e publicado no site https://itiubadomeutempo.com.br/, que demonstra perfeitamente a sua preocupação com a preservação da memória e o futuro de sua querida Itiúba:

As Montanhas de Itiúba


Com certa freqüência desperta, em detalhes, na minha cabeça, fatos ligados à infância. Irmãos e amigos meus já disseram que, por ser pretensioso, quando tomo como firme a busca de qualquer objetivo, não costumo parar. Deve ser por entender que as referências sobre Itiúba em jornais, falando sobre assaltos a banco e afastamentos de Presidente de Câmara de Vereadores e de Prefeitos, trazem danos à imagem da cidade, por falta de clareza dos autores e/ou culpados,, com causa, mas, não têm efeitos punitivos.


Assim, em dado momento, como compensação, a curiosidade volta-se para as belezas naturais da nossa encantadora Itiúba, que inclui a Cadeia de Montanhas, chamada nos mapas de Serra de Itiúba e nada mais. Desprezada por muitos, com prejuízos incalculáveis, em especial para aquele itiubense que está longe e acredita na mídia como se fosse a palavra de Deus.


Quando olhamos a aparente imobilidade das nossas serras, não imaginamos as transformações imperceptíveis que, em permanente curso, vem moldando os seus relevos por milhões de anos. É o processo provocado pelas placas tectônicas, os blocos formadores da crosta da terra que são os responsáveis pelo surgimento das cadeias montanhosas, como as nossas. Essas crostas são as partes visíveis, com 5 a 60 quilômetros de espessura. Para sorte dos seres que dependem do ar para respirar, as maiores são as que formam os continentes. Técnicos no assunto asseguram que a fragmentação começou quando houve a separação da parte que hoje abriga a América do Norte e Europa da parte da América do Sul, África, Austrália, Antártica e Índia, que intensificou as erupções vulcânicas, terremotos e consequentemente as montanhas.


Nos idos de 1600 os Jesuítas escolheram a “Serra da Tiúba” (sem o “i” inicial) para a catequese dos índios e dos primeiros moradores da região. Com a construção da capela de São Gonçalo do Amarante, em 1667/69, aqui chegaram os colonizadores a procura das riquezas da nova terra. Assim, a exploração, sem cuidados, das riquezas naturais, trouxe o desmando até nós e suas consequências são visíveis, como as nascentes que outrora jorravam água e desapareceram num ritmo espantoso. Quase toda mata nativa virou pastagem e esse processo continua sem nenhum controle. Dentro de pouco tempo as futuras gerações perguntarão as razões e serão poucos itiubenses que conseguirão informar a verdade.


Tudo que escrevo é para comentar a tristeza e decepção que tive quando constatei que a minha visita às autoridades locais, em abril deste ano (2004), na companhia do amigo Eugênio Sampaio, com um anteprojeto da criação de uma área de reserva ecológica, sem nenhum custo para os cofres públicos, apenas com a intenção de preservar os achados pré-históricos encravados nas nossas serras, não surtiu qualquer efeito positivo. Fomos recebidos com toda atenção e saímos de lá convictos de que alguma coisa seria feita. Ledo engano. Como alguns pensam com limitação, nada foi feito e isso me levou a questionar a razão pelo desprezo demonstrado. Uma pena, para não se dizer maldade para com o futuro do nosso município. Sei que sou um dos culpados, por acreditar em promessas políticas. Reconheço minha ingenuidade (sem nenhuma alusão ao nome do bom Eugênio, meu companheiro de infortúnio). Resta um fino fio de esperança, ou quem sabe, as mesmas forças que removem montanhas desencadeiem uma fração do seu poder de criação e ilumine as cabeças dos escolhidos pelo povo e consiga despertar lá, num canto da massa cinzenta do cérebro, um tênue elo, mostrando que administrar não é só viajar em carros potentes, hospedar-se em hotéis, pagar com atraso a folha dos salários dos funcionários públicos. Não é pouco o que se espera, porém, é muito o que se precisa fazer a respeito.


Sabemos que o fim da destruição não é automático, faz parte de um processo que se arrasta, mas, pode ter fim, quando todos nós aprimorarmos nossos atos em defesa da natureza, única vítima muda e indefesa. É necessário esquecer que a culpa é do outro. Cada um deve assumir, ao seu modo, a parcela que lhe cabe. A responsabilidade é de todos. A maioria pensa e crer que em outras épocas a preservação das matas, rios e outros recursos naturais, era mais fácil, o que não é verdade.


Todos nós temos fotos, bilhetes, cartas, mapas e outros documentos, não só nos armários, malas, baús, como também em álbuns ou pequenas coleções, que podem ajudar a reescrever o obscuro passado da nossa história. Precisamos formar o acervo, não importa se copiado, cedido ou emprestado. O importante é construir uma ponte entre os jovens e os experientes itiubenses de hoje.


Que DEUS na sua misericórdia confirme a crendice que, em resumo, diz:


“Deus é brasileiro, mas, com certeza, escolheu Itiúba como o paraíso que todos os abnegados precisam para descansar”. Amém.


Uma Vida em Poucas Palavras


Na residência / No escritório próprio

O Humberto nasceu em 16 de junho de 1930, em Itiúba, e lá viveu sua infância e juventude, casou e teve filhos. Filho de Joviniano Carvalho e Maria Pinto de Carvalho, sendo o 2º filho (do mais velho para o mais novo) de uma família de 10 irmãos. Estudou na Escola Goes Calmon, onde concluiu o antigo Curso Primário. Ainda criança já demonstrava sua inteligência e capacidade de liderança. Mais tarde trabalhou no comércio e ajudou o pai na administração e na contabilidade das empresas do seu tio Belarmino Pinto de Azeredo, ganhando a sua confiança e se tornando seu eficiente auxiliar, de quem chegou a receber convite para ser o candidato a sua sucessão no cargo de Prefeito Municipal , o que foi educadamente recusado, como já foi relatado aqui em outro post. Algum tempo depois foi nomeado Coletor Federal em Itiúba. Poucos anos depois foi designado para assumir a Coletoria Federal de Serrinha (BA) e, logo em seguida, foi chamado para ocupar importantes cargos no Ministério da Fazenda, onde se aposentou, muitos anos depois, ocupando o cargo de Delegado do Ministério da Fazenda na Bahia. Durante a sua permanência em Salvador estudou, fez inúmeros cursos de aperfeiçoamento, participou de inúmeras Comissões Federais com missões especiais e recebeu muitas homenagens.







Ainda jovem / Atualmente